<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/5676375?origin\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

30.9.08

Freud


(Jean-Baptiste Oudry, 1753, Natureza-morta com pato branco, Colecção particular da Marquesa de Cholmondeley [roubado])

Ceci est un canard. Às vezes um pato é apenas um pato, mesmo que esteja morto e deposto a meias sobre uma parede e uma mesa em posição pouco confortável. Nesta natureza-morta, Jean-Baptiste Oudry trabalha honestamente a realidade através de uma descrição multifocal da cor branca. A paleta de brancos do pato morto, da toalha de damasco, da vela num castiçal de prata, da taça de porcelana é traduzida de forma icástica e sem artifícios; a sugestão alegórica é negada pela exploração magistral da aparente (contudo, inexistente) monocromia da cor branca. Toda a artificialidade se afunda sem deixar rasto quando o pintor decide camuflar a sua «visão pessoal», o seu «comentário crítico» ou o seu «libertarianismo estético». A realidade (ou melhor, a "artificialidade" da composição desconstruída pela ironia de Oudry) chega intocada aos olhos do espectador.

Etiquetas: ,