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20.6.08

É de uma pessoa ficar transtornada

Amândio, com um olhar meio tresloucado (por vezes, mas eu não sei se é o caso, a miopia é a culpada), atentou no jogo da bola que se espraiava ao comprido e a preto e branco no ecrã da Telefunken, coçou o abono de família e pensou (sentimentos piedosos e edificantes): Nazis de merda, filhos da mãe! Havia de lhes dar uma grande caganeira, àqueles racistas fdp.
Terminou o jogo. Amândio, mansamente recostado nas flores azuis do sofá, havia partido já para o reverso da vida, para a margem anoitecida - para o outro lado, como costuma dizer a malta que gosta de encontrar o sentido das coisas em chavões com pouco sentido. A culpa foi dos alemães, cuspiam os filhos. Malditos alemães, reflectiu a mulher. Béu, béu, opinou o Piruças.
Posso garantir que a morte do senhor Amândio F. não teve nada a ver com os alemães. A culpa deste trágico decesso foi, e disso não tenho quaisquer dúvidas, dos portugueses – alentejanos e durienses, sobretudo tintos, disse, faceiro, o Dr. Mendes-Dutra do Gabinete Médico-Legal de Tomar e Abrantes.

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