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22.5.08

Passeio Público

(Anjos caídos)
As maçãs, esse fruto pecaminoso, caem, desabam e tombam. Renegam a madeira natal e oferecem-se ao solo. Por outro lado, no Outono, gostamos de ver as folhas das árvores justamente porque caem e obedecem ao seu destino de prostração. A queda é um destino amargo mas afectado à força de uma lei.
Não é necessário recordar a história, possivelmente apócrifa, de Isaac Newton e da maçã caída. Tornear os constrangimentos impostos por um princípio como a Lei da Gravitação Universal é empreitada temerária, insensata. Tudo o que sobe deve cair (se me permitem, estropio um título de Flannery O'Connor).
Mesmo conhecendo os princípios da lei da gravidade, deixo fugir um esgar de espanto quando leio que nos últimos três anos caíram doze mil (!) azulejos do Pavilhão Centro de Portugal, instalado no Parque Verde do Mondego em Coimbra. Quem autentica esta informação e recenseia as quantidades de azulejos descolados é o próprio vereador da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Mário Nunes. Para o responsável camarário, o "desapego" dos ladrilhos ao lugar que lhes foi destinado, por Siza Vieira, no corpo do edifício é "normal". Se a queda repetida de azulejos no Pavilhão prova alguma coisa, prova sem dúvida que o conceito de "normalidade" é vago e incerto.
Não há cola que lhes valha. Os azulejos tombam em manada. No dia 1 de Maio, o vereador socialista Luís Vilar quase foi atingido por um destes corpos alígeros. Dito isto, parece ser claro que as placas protectoras, colocadas de forma a resguardar as zonas mais sensíveis, são insuficientes para garantir a absoluta segurança dos passeantes. Face às condições deficitárias de segurança no Pavilhão de Portugal, estranha-se a relutância da CMC em recolocar os azulejos sem a autorização do arquitecto Siza Vieira.
A salvaguarda das incautas criaturas que, por mero acaso, deliberem vaguear nas imediações do edifício é uma responsabilidade camarária, que, relativamente a este caso, deve assentar a sua conduta na segurança das pessoas e não numa qualquer minudência legal.
Por fim, uma excelente notícia o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra foi considerado o melhor espaço museológico com preocupações científicas, técnicas e industriais pelo júri do European Museum Forum. O prémio, criado pela Fundação Micheletti, constitui um justo e estimulante reconhecimento do trabalho em prol da divulgação científica que vem sendo desenvolvido pela equipa de Paulo Gama Mota.
(Ontem, 21/05, no Jornal de Notícias)

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