Tudo o que fiz
Tudo o que fiz chega para preencher uma nova história da infâmia. Páginas gradas de malfeitorias e esquemas e injustiças. A minha mão foi, não tenho pejo em afirmá-lo, criminosa. Tudo o que fiz foi cruel, como quando aquelas alimárias de Deus querem comer e não existe nada para comer senão os semelhantes e elas esquecem-se da decência e da moral e sacrificam-nas à fome. Tudo o que fiz não fui eu que fiz. Mas não quero desresponsabilizar-me dos actos cometidos. Só quero dizer que o que tudo o que fiz foi um outro eu que fez. Arrependimento e castigo. Os dias à minha frente.
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