O corpo subjugado
Certos dias são demasiado longos, de horas a mais e mais compridas. Certos dias em que te lembras que tens corpo. E é simples a razão porque te lembras dele: ele dói-te, iterando o vómito macerado pelo sustento ázimo. Não é porque o observas num espelho ou na ocasional poça de água. É porque ele te vai doendo e vertendo a soma das partes doridas. Um dia há-de passar, as horas são mais compridas, o tempo cura. Um dia, há-de passar.
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