<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/5676375?origin\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

13.10.04

Ritmo circadiano

A noite é uma só. Una e vera, escura como o mais sombrio algar na entranha da terra.

Costumo acordar, constante e recidivamente, no longo périplo das horas nocturnais. Como explicar-to melhor? A vigília nocturna, para além da tristeza ressumada dos lençóis por aquecer, nada tem de extraordinário. E, no entanto, pensas que somos primatas diurnos e que à noite sonhamos com a caçada do dia seguinte ou com o coito alumiado pelas derradeiras brasas da fogueira tutelar do acampamento. Digo-te mais uma vez que acordo sempre na noite escura. E tu pensas que sou uma estulta figura, bafejada por pleonasmos e redundâncias, e nem recordas que nas latitudes setentrionais, nas hiperbóreas neves do círculo polar, existem noites que não são escuras mas tisnadas pelo sol no verão do ano. A noite é só isso, uma contradição diária em que eu velo quando deveria sonhar contigo.