Rui Veloso
Ontem fui a Montemor-o-Velho ver e ouvir, com palco instalado nas faldas do vetusto castelo, o cantor tripeiro, levado pelo pedido insistente da menina Marta, fã decidida do autor de "Chico Fininho". Eu, não tão decidido fã, posso garantir que saí do concerto convencido que o Rui, se não fosse cantor, tinha lugar garantido no Levanta-te e Ri da SIC.
O meu espanto não radica, no entanto, da faceta cómico-humorística do cantautor, mas sim da reacção de um certo público [aka casais de namorados] aos acordes e versos de "Anel de Rubi". A cançoneta não é, de todo, má - embora a rima de Rubi com Rivoli seja intragável - e o seu final anti-romântico é interessante do ponto de vista poético. Não obstante, algumas centenas de pessoas não percebem essa cerúlea melancolia e desesperança da canção. É uma canção de amor, pensam. E, por isso, abraçam-se e beijam-se como se fosse a última vez. Nem percebem que, na canção, o amor fica de rastos.
O meu espanto não radica, no entanto, da faceta cómico-humorística do cantautor, mas sim da reacção de um certo público [aka casais de namorados] aos acordes e versos de "Anel de Rubi". A cançoneta não é, de todo, má - embora a rima de Rubi com Rivoli seja intragável - e o seu final anti-romântico é interessante do ponto de vista poético. Não obstante, algumas centenas de pessoas não percebem essa cerúlea melancolia e desesperança da canção. É uma canção de amor, pensam. E, por isso, abraçam-se e beijam-se como se fosse a última vez. Nem percebem que, na canção, o amor fica de rastos.
Etiquetas: devaneios
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