Uma aventura
A compra de uma estante foi motivo suficiente para pegar em velhos incunábulos esquecidos sob finas camadas de poeira, incapazes de se livrarem dos anacronismos das leituras demasiado agarradas à puerícia do leitor. O caso da série Uma Aventura de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada é paradigmático: há quinze anos devorava, incessante e ininterruptamente, do seminal Uma Aventura na Cidade ao Uma Aventura no Deserto, todas as peripécias protagonizadas pelas gémeas Teresa e Luísa, pelo Caracol e pelo Faial, pelo João, pelo Chico e pelo Pedro.
Hoje, olho para as bonitas capas coloridas e pergunto-me pelo destino de tão famosos personagens. O Caracol e o Faial terão morrido, levados pela rapidez dos anos de cão? As gémeas terão casado com alguém que descobriu a pequena dissemelhança entre ambas? O João terá saído do armário? O Chico será o companheiro de aventuras do João Garcia? O Pedro emigrou para Berkeley ou será bolseiro da FCT?
Deixo pairar as perguntas, prefiro manter a inocência. Sou demasiado púdico para deletrear o derradeiro Uma Aventura entre as Duas Margens do Rio.
O meu preferido
Hoje, olho para as bonitas capas coloridas e pergunto-me pelo destino de tão famosos personagens. O Caracol e o Faial terão morrido, levados pela rapidez dos anos de cão? As gémeas terão casado com alguém que descobriu a pequena dissemelhança entre ambas? O João terá saído do armário? O Chico será o companheiro de aventuras do João Garcia? O Pedro emigrou para Berkeley ou será bolseiro da FCT?
Deixo pairar as perguntas, prefiro manter a inocência. Sou demasiado púdico para deletrear o derradeiro Uma Aventura entre as Duas Margens do Rio.
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