<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

1.9.04

Paradoxo

Entro na igreja velada pelos séculos e olho insistentemente o Cristo perecendo no madeiro cruzado, os olhos tristes de alegria, a confiança ensanguentada do dever cumprido – sim, que Ele nos remiu – escorrendo pela sua fronte bela e cinzelada. Caminho vagarosamente, os passos absorvidos pelos pensamentos, para a lateral capela setecentista. O barroco fulgente de uma Pietá, a arte exponenciada à derradeira náusea, agrilhoa o espaço devoto às riquezas dos Brasis. No altar o Cristo ainda morre, na lateral capela a Sua mãe já chora a sua extinção. Algum pós-moderno talvez me diga que o tempo é o do paradoxo.
Rezo o Pai-Nosso olhando as pedras ajaezadas de ouro, esculpidas por mãos gráceis e bem pagas. Lá fora, no adro, um mendigo recebe de esmola os derradeiros calores do sol, anuncia-se o fim da tarde. O tempo, o nosso, é o da indiferença ao paradoxo.