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26.9.03

O nascimento do homem ou um umbiguismo disfarçado - II

A questão da origem do homem moderno apresenta-se como a mais velha controvérsia no seio da paleoantropologia. Os estudos focalizados na génese do homem moderno encontram-se dominados na contemporaneidade por duas teorias que assumem as posições mais extremadas no seio da paleoantropologia: a Hipótese da Origem Multirregional, postulada seminalmente por Milford Wolpoff, Alan Thorne e Xinzhi Wu (1984); e a Hipótese da Origem Única (mais conhecida entre os leigos por Out of Africa), apresentada primordialmente por Christopher Stringer e P. Andrews (1988).

A hipótese da Origem (ou Evolução) Multirregional aventa, em primeiro lugar, que a variação observada nos humanos modernos deriva, através de uma única espécie biológica, de uma população fundadora que emergiu em África há cerca de 2 milhões de anos atrás. Esta espécie fundadora, Homo erectus, expandiu-se por África, colonizando também a Ásia e Europa. Em segundo lugar, a Hipótese da Evolução Multirregional propõe que todas as populações geográficas permaneceram ligadas continuamente através de trocas génicas e que, embora algumas dessas subpopulações possam ter estado isoladas durante bastante tempo, isso não bastou para alterar a essência da unidade global das populações humanas. Por último, sugere que as variantes geográficas de Homo erectus evoluíram em três grandes áreas geográficas, África, Europa e Ásia, mantendo a sua identidade através de um fenómeno denominado continuidade regional. Epitomizando, a evolução do homem anatomicamente moderno processou-se, como em qualquer outra espécie heterótipa, através da influência dialógica da selecção regional e do fluxo génico. Os defensores desta hipótese negam que a evolução do homem moderna se tenha coarctado a uma área geográfica única, realçando que o vocábulo "multirregional" não implica uma evolução múltipla independente, mas sim uma associação contínua entre as populações regionais através de câmbios génicos.

O modelo Out of Africa alvitra que o aparecimento do homem anatomicamente moderno é um evento recente, tendo acontecido nos últimos 200.000 anos em África. A apresentação do modelo na revista Science por Stringer e Andrews (1988) aventa que a aparição dos humanos modernos em África resultou de um evento de especiação biológica. Desse modo, assim que o homem moderno emergiu em África e iniciou a sua dispersão, a sua hibridização com os humanos arcaicos Euro-Asiáticos seria insignificante, pois pertenceriam a espécies biológicas diferentes.

Em posta subsequente torna-se producente abordar num pequeno breviário as principais abordagens que os defensores de ambas as escolas de pensamento vêm realizando, de forma a introduzir aqui os principais dados empíricos que jogam a favor ou contra cada uma delas.

A ler:
Klein, R. (1999). The Human Career: Human Biological and Cultural Origins. Chicago: Chicago University Press
Stringer, C.; Andrews, P. (1988). Genetic and Fossil Evidence for the Origin of Modern Humans. Science. 239:1263-1268
Tattersall, I. (1999). Extinct Humans. Boulder: Westview Press
Wolpoff, M.; Thorne, A.; Wu, X. (1984). Modern Homo sapiens Origins: A General Theory of Hominid Evolution Involving the Fossil Evidence From East Asia. in Smith, F.; Spencer, F. (Eds.) The Origins of Modern Humans. New York: Alan R. Liss, pp. 411-483


[To be continued]