Thiago, Zé Pequeno, Fernanda: O Brasil Inexistente
Não conheço pessoalmente muitos brasileiros. Um que conheço bem, o Thiago de Belém do Pará, é um daqueles amigos que fazem, de uma noite perspectivada negra, um carnaval. Quando conheci o Thiago perguntei-lhe de forma ingénua: "no Brasil dizem tantos palavrões como tu?".
[Espécie de questionamento para aferição de uma ancestralidade nortenha longínqua].
Mas claro que sim. E o primeiro sinal de que o Brasil das novelas não existe caiu do céu.
[Como granizo no Inverno que eu espero que seja o que vem aí].
Morreu-me esse Brasil das novelas quando vi o Zé Pequeno na Cidade de Deus. Quando vi o labirinto que aprisiona os pequenos deuses da favela. Quando vi que os brasileiros dizem mais palavrões que uma peixeira no Bolhão. Quando vi que na Cidade de Deus, Deus não é. Quando vi que o Thiago pertence a um Brasil que não existe para muitos brasileiros.
[Não vou deixar de ver a Fernanda a ser baleada nas "Mulheres Apaixonadas"]
[Espécie de questionamento para aferição de uma ancestralidade nortenha longínqua].
Mas claro que sim. E o primeiro sinal de que o Brasil das novelas não existe caiu do céu.
[Como granizo no Inverno que eu espero que seja o que vem aí].
Morreu-me esse Brasil das novelas quando vi o Zé Pequeno na Cidade de Deus. Quando vi o labirinto que aprisiona os pequenos deuses da favela. Quando vi que os brasileiros dizem mais palavrões que uma peixeira no Bolhão. Quando vi que na Cidade de Deus, Deus não é. Quando vi que o Thiago pertence a um Brasil que não existe para muitos brasileiros.
[Não vou deixar de ver a Fernanda a ser baleada nas "Mulheres Apaixonadas"]
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