Mesa de cabeceira
O destaque é um Tylor de 1884, vindo de Littleton [Massachussets], de capa esfarrapada e cor de caca, feia, se quisermos ser de ronha. Tapa incompletamente um Borges volumoso, antológico e pouco mais que intocado, exceptuando os contos e um ou outro poema. Os de Vila-Matas são cinco - por vinte euros - e todos novos, pelo menos no que a nós respeita. Um breve opúsculo de Oscar Wilde, lido em graves 30 minutos, e um Hugo Pratt entrevistado oferecido em duas partes, uma por gosto e outra por engano. Bioy Casares e o porco indelevelmente associado à sua obra. Foi avisado. Uma foto de uma criança que morreu, com moldura. Um lápis branco, Hesperia Hoteles. Um candeeiro minúsculo, que já deu luz. Espaço vazio. O que resta. O pó.
Etiquetas: literatura
<< Home