<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

12.4.06

História natural do amor

Foi decerto difícil para ele receber, digerir, a notícia. Catarina morrera na cadeira do jardim, nos fins da tarde, enquanto lia a Histoire naturelle de Buffon. Le Comte e as suas excêntricas concepções da natureza do mundo e do homem aniquilaram aquela alma inapelavelmente crente, católica e submissa.

Ele começou a ler a Bíblia [a de Lutero, de 1574, publicada em Frankfurt]. Queria experimentar o que Catarina sentiu antes de partir. Não morreu - o coração, que sobreviveu ao Génesis, aos Salmos, aos Gálatas e ao Evangelho de Marcos, apaziguou-se. As palavras de Buffon, tautológicas, não eram mais que a ruptura moral com algo - julgava agora - intrinsecamente perfeito.

Antes de fecharem, nas suas costas, as portas do mosteiro, julgou ainda ver a tessitura derradeira de uma escada de homens.

Etiquetas: