Hagiografia alternativa
A Igreja Católica assumiu sincrética e prodigamente, com conformação de santos, os mitos e as divindades que, antes do seu domínio espiritual em larga fatia da terra emersa, se revezavam pelas quatro partidas do mundo. Por isso toda a terrinha deste país amante de bandeiras colocadas à janela exibe orgulhosamente o seu santinho, orago, padroeiro e amigo, derradeira e sagrada instância quando é a pele que está em jogo. Apesar de larga [veja-se a cifra monumental de santos e santas desembargados por João Paulo II], a malha que o homem ou mulher que quer atingir o estatuto sagrado tem de permear existe; ao contrário do que sugere esta prazenteira efabulação ocorrida num estabelecimento de ensino superior português:
- Dê-me um exemplo de um mito religioso – diz o professor.
- Um mito religioso? Sancho Pança! – responde o aluno, meditabundo.
Estupefacto, o professor pede ao aluno para este escrever o que acabou de proferir.
O aluno escreve no papel: "S. Xupanssa".
Talvez o processo para a beatificação deste filho de Cervantes já esteja nas mãos do Cardeal Ratzinger…
- Dê-me um exemplo de um mito religioso – diz o professor.
- Um mito religioso? Sancho Pança! – responde o aluno, meditabundo.
Estupefacto, o professor pede ao aluno para este escrever o que acabou de proferir.
O aluno escreve no papel: "S. Xupanssa".
Talvez o processo para a beatificação deste filho de Cervantes já esteja nas mãos do Cardeal Ratzinger…
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