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13.4.04

A guerra também aqui

Na Rocinha, topos favelado do Rio de Janeiro, a guerra não extravasa somente das imagens assépticas da televisão. As balas permutadas entre os traficantes de droga e o quase sempre ausente poder público, a polícia, não escolhem destinatários e, entre os dez mortos até ao momento, muitos são inocentes habitantes do morro, imaculados enfiteutas que fogem dos criminosos e da polícia, entregues a si mesmos e a Deus, conforme a ideologia ou filiação religiosa.
O derradeiro passo para a transformação da metáfora da “Cidade Partida” de Zuenir Ventura em realidade foi anunciado pelo vice-governador e secretário estadual de Meio Ambiente, Luiz Paulo Conde [entretanto arrependido]: o cerco do morro da Rocinha e adstritos por um muro de três metros de altura. A objectificação do apartheid que existe de forma consistente na sociedade brasileira deixaria, pois, de ser anátema no ideário dos governantes brasileiros e passaria a constar abertamente da sua agenda política. Naturalmente. Sem hipocrisias. A falência do estado brasileiro, a sua incapacidade de estancar a pobreza, a violência e as assimetrias sociais carregam, de facto, um halo de desesperança: o D. Sebastião deles, que um dia foi operário, não passa talvez de um mito para embalar crianças.