Baile com os Casa Vibra, parte 2
Deixáramos o Fernando encostado com a pança ainda escassa ao bar, saboreando moroso o copo de palhete e olhando de longe as raparigas que dançavam. Acometer romanticamente mulheres não era para ele, não foi talhado para tais áfricas. A fuça torpe e o corpanzil desajeitado de troglodita enjeitavam qualquer hipótese de sucesso com o sexo oposto [ou com o mesmo sexo, se fosse dado a tal alternativa], vicissitude a que não era alheio porque tinha espelho em casa e porque até aí bastas vezes o tinham rejeitado. Enquanto pedia mais um copo, chegou-se a ele o Júlio do Casal Carrito e, sem tir-te nem guar-te, iniciou espalhafatosa altercação com o nosso herói. No dia seguinte o Fernando, lavado em lágrimas que era um Mondego no auge do Inverno, contava a história ao Faustino: - Ele deu-me o primeiro murro, deu-me o segundo e ao terceiro… já eu lá não estava. Dizem que fugir parece mal mas dá uma rica saúde ao corpo.
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