<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

15.1.04

O algar ou a esperança intérmina

Era escuro e bafiento. No chão oculto pelo negrume imperecível senti os despojos do passado: ossadas de animais de grande porte [mamíferos com certeza], uma enorme carcaça cúbica irradiando um frio metálico, talvez uma velha máquina de lavar roupa, cagadelas várias tapadas pudicamente com papel amarelecido [cor associativa, eu não vi, no escuro da caverna, aquela cor. Só que a semiologia faz parte de mim] e sobretudo madeiras podres. Foi junto a uma pilha de tábuas de pinho [madeira associativa, para mim poética] que me decidi. Num trejeito célere, congénito, libertei a água mesclada com ureia em doses conhecidas pelos químicos e naquele ponto, o único ponto fixo do universo [as minhas pernas balanceavam de tal forma que naquele momento eu era o pêndulo de Foucault], decerto se remeteu a imaginação dos espectadores [se os houvesse] para as comportas abertas da barragem de Assuão. No próximo ano voltarei ao ponto. A razão, talvez do caos a vida. A esperança de ali ver uma flor.