<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

26.12.09

Passeio Público

(É Natal)

O Natal é uma época de bons sentimentos, apesar do consumismo e das dificuldades para estacionar na Baixa. O Natal é uma época feliz, mesmo para quem não acredita no estatuto divino de Jesus Cristo. O Natal (lá está ele outra vez) é sempre uma “época de reflexão”, mesmo que se perca muito pouco tempo a pensar nisso. Nesta altura, de resto, em que os jornais parecem velórios descomunais, acham-se muitas coisas sobre as quais se deve meditar um pouco mais que o normal (leia-se: nada).

Há qualquer coisa no modo como algumas pessoas tratam outras (por exemplo, os velhos, os imigrantes ou os homossexuais) que me incomoda particularmente: um desrespeito reiterado, apesar das supostas conquistas da educação e cultura, uma afronta perene e boçal sobre grupos inteiros de pessoas. De pessoas.

Enquanto se discutia no país o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo (O Governo já aprovou as alterações ao Código Civil que permitem o casamento entre pessoas do mesmo sexo), foram condenados, em Coimbra, três de sete arguidos acusados de assaltos selvagens (os criminosos usaram catanas, punhais e navalhas) a casais homossexuais. Infelizmente, nenhum dos condenados esboçou qualquer tipo de arrependimento. Os seus familiares, de resto, reagiram violentamente à sentença, como se um acto desta natureza fosse desculpável ou justificável. Como se aqueles casais não fossem feitos da mesma massa que o resto da humanidade.

Os homossexuais (os velhos, os imigrantes, as mulheres, os sem-abrigo) são, em primeiro lugar, pessoas. É essa a primeira e principal característica da sua identidade. Muita gente parece esquecer-se desta originalidade peripatética.É Natal e neste dia (não foi exactamente “neste dia”) nasceu um homem, para muitos o filho de Deus, que durante a sua curta vida criou e anunciou uma ideia decisiva e radical: “ama o próximo como a ti mesmo”. Eu não acho que seja difícil amar o próximo, o problema manifesta-se na parte “como a ti mesmo”. Por vezes, as pessoas gostam pouco de si mesmas.
(Ontem, 25/12, no Jornal de Notícias)

Etiquetas: ,