Um muro para durar: uma homenagem aos sacos de cimento da Cimpor
Agora que se comemora o vigésimo aniversário da queda d'«O Muro», lembro-me de uma coisa que tem de ser dita, imediatamente e com alguma precipitação vocabular (o caso é urgente, não vá a efeméride ser esquecida): é mais fácil destroçar um muro que construí-lo. Eu sei do que falo. Já erigi um muro (uma muralha!), com a ajuda do meu primo e do meu padrinho – um muro mais alto que baixo, feito em pedra de lei, raçudo e sem graffittis. Foi há 15 anos, mais ou menos. Ainda se mantém nas traseiras da casa dos meus pais, assoberbado, persuadido da sua importância histórica, demarcando com zelo uma estrada da junta de uma fiada de tomateiros.
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