<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

7.11.09

Passeio Público

(Aparências)
Um olhar superficial revela apenas uma fracção parcelar da natureza das coisas. Aparentemente, a Universidade de Coimbra (UC) passa por um bom momento, abainhado por um conjunto de circunstâncias que erigem um muro de optimismo em redor das faculdades.
De facto, a UC é a instituição académica portuguesa mais bem classificada num ranking internacional publicado pelo jornal inglês The Times. A venerável universidade conimbricense ascendeu, este ano, à 366.ª posição a nível mundial, e é mesmo considerada a terceira melhor do espaço da lusofonia e a sexta melhor da Península Ibérica. Coincidentemente, o seu orçamento para 2010 ultrapassa, pela primeira vez, os 200 milhões de euros; e a candidatura a Património da Humanidade apronta os derradeiros detalhes da apresentação final à UNESCO. Não há como evitar a máxima de Pangloss: tudo vai pelo melhor, no melhor dos mundos possíveis.
Infelizmente, quando aproximamos o olhar descobrimos pequenos defeitos, ou irregularidades, que dilapidam o capital de optimismo que antes acumulámos. O orçamento é, na aparência, desafogado; contudo, apenas 30% (60 milhões de euros) das verbas serão canalizadas para unidades não relacionadas com o pagamento de pessoal. A investigação científica, por exemplo, será contemplada com 20 milhões de euros. Eu acho que é pouco. O prestígio das universidades alicerça-se na marca pedagógica e, sobretudo, na qualidade da sua investigação científica. Que, evidentemente, não se faz sem dinheiro. O corte no Orçamento de Estado das verbas para o ensino superior é o principal responsável pela inadequação das verbas destinadas à investigação. Quanto a isso, há pouco a fazer.
Apesar de tudo, o momento é extremamente positivo. O espaço simbólico da UC pode ter diminuído, mas o mundo é constituído por factos e não por nostalgias. E a Universidade de Coimbra tem sabido crescer, apesar das dificuldades orçamentais (mais do que triviais nas universidades portuguesas). Sete séculos de história e um futuro: que se cumpram na velhice as promessas da juventude.
(Ontem, 06/11, no Jornal de Notícias)

Etiquetas: , ,