<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar/5676375?origin\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

29.9.09

Arrows of desire #2


(Guido Reni, São Sebastião, Musei di Strada Nuova, Génova)
Isto é importante: a iconografia de uma «quase-morte» é aceite por quase todos como a iconografia de uma «bela-morte». Sebastião não morreu trespassado pelas flechas dos legionários romanos. Providencialmente, foi salvo por Santa Irene, boa católica e hábil enfermeira, como já não as há. O mártir finou-se mais tarde, e de maneira mais poética: foi morto à paulada e o seu corpo encontrou finalmente a paz no meio do esterco da Cloaca Maxima. Nas pinturas de Reni, o corpo de Sebastião atinge-nos, pois, desse lugar ambíguo «entre-duas-mortes» e a sua lividez falseia, em concomitância, a irrelevância da vida e a certeza da morte.

Etiquetas: ,