<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe", messageHandlersFilter: gapi.iframes.CROSS_ORIGIN_IFRAMES_FILTER, messageHandlers: { 'blogger-ping': function() {} } }); } }); </script>

4.6.09

Passeio Público

(História de duas cidades)

A cidade submerge as pessoas; é isso que ela faz embora imóvel e enfraquecida; deixa-lhes o espaço da sobrevivência e pouco mais: este dia igual a outro dia, este jardim obscuro, este teatro despenhado. A cidade é um inventário de meia página. É preciso amá-la para lhe reconhecer os defeitos, é preciso amá-la para a tornar grande. “Os romanos não amavam Roma porque era uma grande cidade; foi porque a amavam que Roma se tornou uma grande cidade”. Pode acontecer que as palavras de Chesterton sejam verdadeiras.

Considero Coimbra, descrevo mentalmente a sua política cultural, e parece-me que caminho sobre as ruínas de um sonho. Admito-lhe um destino menor, obviamente comparativo, ponderado em relação a Lisboa ou ao Porto, cidades maiores, evidentemente. A comparação, quando se faz, é para ser feita com o que está de alguma maneira acima de nós. Contudo, os homens (e as cidades) não sem medem aos palmos.

O destino de uma cidade não depende apenas de estatísticas ou da demografia. Uma cidade pequena (digo, com pouco habitantes) pode seguir, e algumas seguem, uma política cultural fecundante e dinamizadora, apropriada em cada momento e para cada solicitação. Neste sentido, é inteiramente justa uma comparação de Coimbra com a Figueira da Foz. A cidade com a maior população do distrito, aquela; a cidade com a maior sala de espectáculos da região, esta.

Numa altura em que se comemora o sétimo aniversário do Centro de Artes e Espectáculos (CAE), talvez o mais dinâmico espaço de cultura da região Centro, a Figueira da Foz avassala Coimbra, cidade ultimamente pouco centrada na cultura. Recordemos, por exemplo, as notícias de salários em atraso no Teatro Académico de Gil Vicente. Felizmente, a Figueira só fica a 45km de Coimbra e, para além do CAE, beneficia ainda da consciência apaziguadora do mar.
(Ontem, 03/06, no Jornal de Notícias)

Etiquetas: , ,