A comemoração
Havia sinais, desses pequeninos, que só os mais atentos e os dotados para reparar no pormenor é que iam sentindo, havia sinais, digo eu, de comemoração pelas ruas mais esconsas da cidade. Havia sinais, sim senhor: uma garrafa partida, um maço de tabaco [éssegê ventil] enrodilhado num arame que fugia ao solo, um ou dois corpos adormecidos, o ar mais quente da noite - de sudação espontânea.
Mas, enfim, o que comemoravam essas ruas? Nunca vou saber, os meus olhos assimilavam os restos da festa, o coração, não tenho dúvidas, estava morto.
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