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1.3.05

Post de enjoo

O papa não é mais o ídolo a quem se atam as mãos e se beijam os pés, como declarou Voltaire, antes prefigura o estigma de uma humanidade incómoda, debuxando o retrato daqueles que ocultamos debaixo do tapete: em lares, quartos esconsos, hospitais. Nas orlas embrumadas da vida quotidiana – a vidinha decente, pastoral, de Roth -, move-se o velho, o doente, o pobre, o negro.

Há quem não se contente em conceder o oblívio aos idosos e vai mais longe: priva-os da dignidade, fruindo, em letra redonda, a sua desgraça, a sua terminal obsolescência.

"Uma sociedade que maltrata os seus velhos, ou que não humaniza profundamente a sua relação com eles, é uma sociedade que dá pena e que revela a sua face abjecta."
Francisco J. Viegas, Aviz

“A anciania só tem dignidade quando não se exibe e se apresenta no seu natural. Mesmo sem dentes e a mijar-se.”
Miguel Torga, Diário XVI