Medo
O peso do nevoeiro é fortuito, indistinto, não tenho escrúpulos em afirmá-lo. O olhar trespassa as rochas, mais perto que longe, que o antedito não deixa ver para além de um palmo de criança, e sente o medo da solidão no solfejo alquebrado dos pinheiros e o desalento arrefecido nas rochas desnudas. O olhar, rodeado de fragas, rochas duras de medo, fixa imagens amargas na cinza brumosa da nave. Fim do mundo, pedregais [ver Cardoso Pires, Balada da Praia dos Cães, p.41]. O medo, a escuridão, o Inverno que arrefece a coragem da serra. E dos homens.
<< Home