Adenda despretensiosa ao cometimento hercúleo da Charlotte
Começo por manifestar a minha aversão a um português [idioma] coarctado e amputado de expressões ou palavras que, simplesmente por existirem, o enriquecem e diversificam. O problema maior de muitos bloggers lusos residirá, porventura, na recidiva falta de jeito para a gramática e ortografia, não na utilização da palavra “melindrar”, por exemplo.
De qualquer forma, louvo o empenho da Charlotte [uma querida, que nunca nega a ajuda a um aprendiz de escriba] em transformar a linguagem blogoesférica [existirá um neologismo melhor que este?] num proscénio limpo de fealdade e impurezas. Releio o meu texto anterior e detenho-me no vocábulo “persianas” (do Fr. persienne). Um galicismo, pois. Pondero uma alternativa e chego ao soberbo “estores”. Derivado do Latim “storea”, ofende, não obstante, a minha estética filológica. Veneziana e cortina também não servem. Demasiado a-poéticos. Fico com vontade de apagar o texto. Só me apetece chorar e beber vinho [expressão mítica a utilizar à vontade em contexto coloquial], sair para a rua e findar a tarde a pastar a toura.
De qualquer forma, louvo o empenho da Charlotte [uma querida, que nunca nega a ajuda a um aprendiz de escriba] em transformar a linguagem blogoesférica [existirá um neologismo melhor que este?] num proscénio limpo de fealdade e impurezas. Releio o meu texto anterior e detenho-me no vocábulo “persianas” (do Fr. persienne). Um galicismo, pois. Pondero uma alternativa e chego ao soberbo “estores”. Derivado do Latim “storea”, ofende, não obstante, a minha estética filológica. Veneziana e cortina também não servem. Demasiado a-poéticos. Fico com vontade de apagar o texto. Só me apetece chorar e beber vinho [expressão mítica a utilizar à vontade em contexto coloquial], sair para a rua e findar a tarde a pastar a toura.
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