<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d5676375\x26blogName\x3dD%C3%A6dalus\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://daedalus-pt.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://daedalus-pt.blogspot.com/\x26vt\x3d5394592317983731484', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

10.12.03

Anti-semitismo

O Aviz sempre foi um dos blogues da minha predilecção, designadamente pela pertinência dos temas nele recorrentes, pela elegância literária com que são tratados e pelo carisma que Francisco José Viegas empresta às linhas que escreve. Isto vem a propósito de dois posts recentes que abordam a “questão judaica” de uma forma reveladora, esclarecedora e erudita.
No meu parco entendimento, e falo somente no microcosmo onde me movimento, considero que o anti-semitismo multissecular de boa parte dos portugueses (que atravessa longitudinalmente todas as classes sociais e áreas políticas) advém em grande medida do contencioso religioso judaico/cristão. Isto é, todos os epítetos adstritos ao “judeu” (onzeneiro, avarento, etc.) são o resultado de um reconhecimento do judeu por parte do cristão como “o deicida” (lembro-me que a minha avó me chamava “judeu” quando eu fazia os atropelos próprios das crianças). De facto, é a morte de Jesus Cristo (que, não esqueçamos, era judeu) que desencadeia todo um conjunto de práticas e discursos anti-semitas.
Como FJV refere, não existe uma “raça Judia”. Eu acrescento que, em termos puramente biológicos, não existem “raças” humanas. O que não quer dizer que não exista racismo, sob a forma de discursos e práticas, afectando o Outro diferente: Negro, cigano, judeu, árabe ou amarelo. O jargão das ciências sociais é, nesse ponto, falaz, pois não descreverá da forma mais correcta o que verdadeiramente se passa no seio dos grupos humanos.