Anti-semitismo
O Aviz sempre foi um dos blogues da minha predilecção, designadamente pela pertinência dos temas nele recorrentes, pela elegância literária com que são tratados e pelo carisma que Francisco José Viegas empresta às linhas que escreve. Isto vem a propósito de dois posts recentes que abordam a “questão judaica” de uma forma reveladora, esclarecedora e erudita.
No meu parco entendimento, e falo somente no microcosmo onde me movimento, considero que o anti-semitismo multissecular de boa parte dos portugueses (que atravessa longitudinalmente todas as classes sociais e áreas políticas) advém em grande medida do contencioso religioso judaico/cristão. Isto é, todos os epítetos adstritos ao “judeu” (onzeneiro, avarento, etc.) são o resultado de um reconhecimento do judeu por parte do cristão como “o deicida” (lembro-me que a minha avó me chamava “judeu” quando eu fazia os atropelos próprios das crianças). De facto, é a morte de Jesus Cristo (que, não esqueçamos, era judeu) que desencadeia todo um conjunto de práticas e discursos anti-semitas.
Como FJV refere, não existe uma “raça Judia”. Eu acrescento que, em termos puramente biológicos, não existem “raças” humanas. O que não quer dizer que não exista racismo, sob a forma de discursos e práticas, afectando o Outro diferente: Negro, cigano, judeu, árabe ou amarelo. O jargão das ciências sociais é, nesse ponto, falaz, pois não descreverá da forma mais correcta o que verdadeiramente se passa no seio dos grupos humanos.
No meu parco entendimento, e falo somente no microcosmo onde me movimento, considero que o anti-semitismo multissecular de boa parte dos portugueses (que atravessa longitudinalmente todas as classes sociais e áreas políticas) advém em grande medida do contencioso religioso judaico/cristão. Isto é, todos os epítetos adstritos ao “judeu” (onzeneiro, avarento, etc.) são o resultado de um reconhecimento do judeu por parte do cristão como “o deicida” (lembro-me que a minha avó me chamava “judeu” quando eu fazia os atropelos próprios das crianças). De facto, é a morte de Jesus Cristo (que, não esqueçamos, era judeu) que desencadeia todo um conjunto de práticas e discursos anti-semitas.
Como FJV refere, não existe uma “raça Judia”. Eu acrescento que, em termos puramente biológicos, não existem “raças” humanas. O que não quer dizer que não exista racismo, sob a forma de discursos e práticas, afectando o Outro diferente: Negro, cigano, judeu, árabe ou amarelo. O jargão das ciências sociais é, nesse ponto, falaz, pois não descreverá da forma mais correcta o que verdadeiramente se passa no seio dos grupos humanos.
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