Da estética na guerra
A guerra sobeja de inumanidade. Os homens e as mulheres que morrem na guerra não são simplesmente minudências que tiveram o azar de se encontrar com uma bala ou um rocket. Cada morte é um infortúnio, uma perda irreparável. Mesmo os que sobrevivem, morrem - com a sua inocência. Mas, apesar das muralhas caídas, de Aquiles e Heitor, de todas as lanças de longa sombra que carregavam a morte no bronze, a Ilíada [e a Odisseia] só existe pela guerra. O paradoxo: a vergôntea da mais bela flor não nasce, também ela, na imundície do estrume?
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