Lutar contra moinhos
Era uma eira, de pedras antigas e tudo o resto que é de lei. Uma máquina agrícola, abandonada, um banco de madeira para ninguém se sentar. Cabelos brancos a criar aranhas gordas. Não recordo agora o chilrar - mesmo subtil, vago - de pássaro algum, o que é estranho pois era o verão do ano e no verão o que não faltam são pássaros com a mania que sabem cantar. Nem sequer o silvo de uma cigarra. Apenas um bater de peles e a escuridão. A luz. A escuridão, outra vez. Um segredo de casas velhas empilhadas e de sorrisos campos fora.
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