Saint-Dié des Vosges
Recordo sobretudo a longa viagem de autocarro e outras vagas, pequenas, reminiscências. A família de acolhimento, luso-française, benfiquistas de Chaves. A matriarca da família, de inconfundível sotaque à francês de Alcochete. Os bosques inexistentes. Um Portugal pequenino transplantado para a Lorraine francesa. Os cemitérios celtas. E este pequeno diálogo de surdos antes da partida.
-Filhinho, queres um gâteau para levares?
-Não, obrigado.
-Mas... Porquoi pas?!
-Já tive tantos… Os que o meu avô não matou [metia-os dentro de um saco e afogava-os], morreram atropelados. Vivo junto a uma estrada nacional.
-Não, obrigado.
-Mas... Porquoi pas?!
-Já tive tantos… Os que o meu avô não matou [metia-os dentro de um saco e afogava-os], morreram atropelados. Vivo junto a uma estrada nacional.
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