Vocês sabem de quem é que eu estou a falar
O Prémio do Centro de Estudos Sociais (CES) da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra distinguiu, este ano, o trabalho "A cegueira e as narrativas silenciadas.Para além da tragédia, para lá do infortúnio", de Bruno Sena Martins, de 27 anos.
"A experiência da cegueira e da deficiência é vista como uma tragédia pessoal pela sociedade, mas os próprios cegos e deficientes valorizam mais as transformações sociais que permitissem a sua realização e integração", concluiu o investigador na obra premiada, a sua dissertação de mestrado em Sociologia defendida, em Junho de 2004, na Faculdade de Economia de Coimbra.
O livro é baseado em trabalho de campo do autor, faz voluntariado junto de organizações de pessoas com deficiências desde 2000, e dá a conhecer "as vidas e as vozes das pessoas cegas".
"Tal como outras deficiências físicas, a cegueira remete o nosso imaginário social para uma `narrativa de tragédia pessoal'. Se por um lado são incontornáveis as marcantes histórias de sofrimento e privação ligadas à experiência de quem não vê, o que de mais intrigante nos fica é, sem dúvida, o modo como a vontade de viver e a luta pela realização pessoal das pessoas cegas se debate com uma sistemática negação de oportunidades", refere o investigador.
A tese será publicada em Janeiro pela Afrontamento, com o título "E se eu fosse cego: Narrativas silenciadas da deficiência".
O autor, que se tem dedicado aos temas do corpo, da deficiência e do sofrimento, recebe um prémio no valor de 10.000,00 euros, patrocinado pelo Montepio Geral.
Licenciado em Antropologia, Bruno Sena Martins fez o mestrado em Sociologia e prepara o doutoramento também nesta área, orientado pelo director do CES, Boaventura de Sousa Santos.
O júri, constituído por Hermínio Martins, Isabel Allegro de Magalhães, José Vicente Tavares dos Santos, Manuel Villaverde Cabral, Teresa Cruz e Silva e Boaventura de Sousa Santos, deliberou também atribuir três menções honrosas.
O Prémio CES é atribuído de dois em dois anos e foi instituído pelo Centro de Estudos Sociais "com o intuito de conferir o devido realce à produção científica de jovens investigadores de língua portuguesa no âmbito das ciências sociais" - lê-se na nota da instituição que anuncia o distinguido com a edição deste ano.
[Retirado do Portal do Cidadão com Deficiência]
"A experiência da cegueira e da deficiência é vista como uma tragédia pessoal pela sociedade, mas os próprios cegos e deficientes valorizam mais as transformações sociais que permitissem a sua realização e integração", concluiu o investigador na obra premiada, a sua dissertação de mestrado em Sociologia defendida, em Junho de 2004, na Faculdade de Economia de Coimbra.
O livro é baseado em trabalho de campo do autor, faz voluntariado junto de organizações de pessoas com deficiências desde 2000, e dá a conhecer "as vidas e as vozes das pessoas cegas".
"Tal como outras deficiências físicas, a cegueira remete o nosso imaginário social para uma `narrativa de tragédia pessoal'. Se por um lado são incontornáveis as marcantes histórias de sofrimento e privação ligadas à experiência de quem não vê, o que de mais intrigante nos fica é, sem dúvida, o modo como a vontade de viver e a luta pela realização pessoal das pessoas cegas se debate com uma sistemática negação de oportunidades", refere o investigador.
A tese será publicada em Janeiro pela Afrontamento, com o título "E se eu fosse cego: Narrativas silenciadas da deficiência".
O autor, que se tem dedicado aos temas do corpo, da deficiência e do sofrimento, recebe um prémio no valor de 10.000,00 euros, patrocinado pelo Montepio Geral.
Licenciado em Antropologia, Bruno Sena Martins fez o mestrado em Sociologia e prepara o doutoramento também nesta área, orientado pelo director do CES, Boaventura de Sousa Santos.
O júri, constituído por Hermínio Martins, Isabel Allegro de Magalhães, José Vicente Tavares dos Santos, Manuel Villaverde Cabral, Teresa Cruz e Silva e Boaventura de Sousa Santos, deliberou também atribuir três menções honrosas.
O Prémio CES é atribuído de dois em dois anos e foi instituído pelo Centro de Estudos Sociais "com o intuito de conferir o devido realce à produção científica de jovens investigadores de língua portuguesa no âmbito das ciências sociais" - lê-se na nota da instituição que anuncia o distinguido com a edição deste ano.
[Retirado do Portal do Cidadão com Deficiência]
Ah! Este gajo é meu amigo... só para que se saiba.
<< Home