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31.10.06

Greek music #fourteen

Leonard Cohen - Stranger Song
[Well, I've been waiting, I was sure we'd meet between the trains we're waiting for I think it's time to board another]

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100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #34

30.10.06

Et maintenant...

After a story is told there are some moments of silence. Then words begin again. Because you would always like to know a little more. Not exactly more story. Not necessarily, on the other hand, an exegesis. Just something to go on with. After all, stories end but you have to proceed with the rest of the day.

[Anne Carson, Plainwater, pág. 88]

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29.10.06

Uma citação quase sempre se adequa a alguma coisa que acontece

Esta seria, provavelmente, a última paisagem. A derradeira imagem do mundo que o seu coração recordaria; agora, pouco mais importava na sua vida, podia esquecer o passado, ignorar o futuro.
[Francisco José Viegas, As duas águas do mar, pág. 9]

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28.10.06

A comemoração

Havia sinais, desses pequeninos, que só os mais atentos e os dotados para reparar no pormenor é que iam sentindo, havia sinais, digo eu, de comemoração pelas ruas mais esconsas da cidade. Havia sinais, sim senhor: uma garrafa partida, um maço de tabaco [éssegê ventil] enrodilhado num arame que fugia ao solo, um ou dois corpos adormecidos, o ar mais quente da noite - de sudação espontânea.
Mas, enfim, o que comemoravam essas ruas? Nunca vou saber, os meus olhos assimilavam os restos da festa, o coração, não tenho dúvidas, estava morto.

27.10.06

Muito bão!

Num dos telejornais da noite, a propósito da demissão em bloco de 69 bombeiros na corporação de voluntários de Braga, um dos bombeiros demissionários diz ao jornalista a razão que o levou a resignar ao cargo:

-Demitimo-nos porque ninguém gosta de ouvir dizer: “bós sois todos uns bombeiros de merda!”

26.10.06

Felicidade

do Lat. felicitate
s. f
.,
ventura;
bem-estar;
contentamento;
bom resultado, bom êxito;
dita;
qualidade ou estado de quem é feliz.

25.10.06

O dia mais triste

As tragédias entrelaçam-se, tocam-se e polinizam-se. São potenciadas pelos curtos - inexistentes - momentos de dilação entre uma e a outra. Toda a gente chora, sem que ninguém saiba muito bem porque chora.
Mas é por tudo. Por tudo.

Greek music #thirteen

The Kooks - See The World
[I remember how we used to sing Writing poems in your bed sit Finding time to be the passenger But there you are you never saw me leave]

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23.10.06

Greek music #twelve

The Strokes - You only live once
[Oh don't don't don't get up I can't see the sunshine I'll be waiting for you, baby Cause I'm through Sit me down Shut me up I'll calm down And I'll get along with you]

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Elogio da vida - por um caixote de lixo

São selectivos - os almeidas - mas nem por isso deixam para trás quem lhes diz algo. Por vezes acredito que me vão deixar intocado, na beira da estrada, coberto pela chuva de lágrimas que o céu carregado dispensa, ousando fitar os cães que murmuram palavras incompreensíveis, enfrentando as mãos descuidadas dos passantes. Mas isso nunca acontece, se eles aparecem tocam-me sempre com as suas luvas gastas, dessapossam-me da miríade de objectos com que me preenchem a todas as horas do do dia. Nunca fico com pena de perder o que quer que seja. As coisas que me pertencem por breves horas vão sempre para um lugar melhor, para um Timbuktu do que é afirmado como lixo. Pelo menos é o que se diz por aí, em folhetos que por vezes me vêm parar ao estômago ou que me colam na fronte. Gosto dos dias. Gosto de sentir o vento e das folhas que esvoaçam na humidade das noites. Do riso de quem se vê livre de algo com peso a mais. Gosto da vida que me destinaram: o depósito geral do que resta no final de cada refeição.

22.10.06

The aristocrats

21.10.06

Podia ser

Ela olha os entardeceres todas as tardes; eu, escondido, fico a olhá-la.
[Adolfo Bioy Casares, A invenção de Morel, pág. 25]

20.10.06

Quereres

Quero uma casa que tenha uma parede feita de livros, um jardim de recantos e sombras irredutíveis. As palavras certas ditas por ti.

3 meses sem tocar numa gota de álcool

Greek music #eleven

Pearl Jam - Once
[Oh, Indian summer and I hate the heat I got a backstreet lover on the passenger seat I got my hand in my pocket, so determined, discreet...I pray...]

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19.10.06

Greek music #ten

[Your kisses are wasted on me (Boy) You better hear me clear (Boy) I want you out of here Don't send me wild You're just a child]

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Little miss sunshine


[Your name is Dwayne, right?]

17.10.06

Greek music #nine

Interpol - C'mere
[Oh, how I love you in the evenings when we are sleeping. We are sleeping. Oh, we are sleeping.]

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16.10.06

Sopinha de letras redux

Lábios vazios, a solidão declarada. Eles descobriram-se, tesouro único, encontraram o outro (pág. 337, A Cifra, JL Borges). Mas o beijo não encontra mais os lábios que o resguardam. Sempre da morte nascerão coisas novas (pág. 25, Antigo e Primeiro, R Lage). Também há funerais em dias de sol. Preenchendo o vazio: o acordo secreto e melancólico dos dois inimigos. Nada fica, a própria memória é uma mitologia (pág. 32, Em Memória, P Mexia).

How long?

quanto tempo tenho que esperar? quanto tempo, ainda que seja muito? um dia. dois anos. três decénios. uma morte. as horas que forem tocando o cuco. é tudo o que existe, a espera.

Greek music #eight

The Spinto Band-Oh Mandy
[And now I know I'm at the end of my wits don't gotta tell me where this is going cus I know nothing ever falls apart yeah I know nothing ever falls apart ]

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15.10.06

100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #33

O dia não está a correr nada bem. Que se lixe, o Tonel acaba de marcar o primeiro. Para variar é bom que seja o Sporting a dar o único ponto positivo ao dia.

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Uma noite

A mesa era quadrada - ainda é. Havia gente em redor, um ruído para além de nós. Eu estive lá e ninguém me notou. Não me fiz acontecer, disseram. Havia sorrisos e cumplicidade, quase a euforia dos fumos. Mas nada disso era meu.

13.10.06

Greek music #seven

Pulp - Babies
[Oh I want to take you home. I want to give you children.]

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Estéticas da morte #doze

Porque o caminho era escuro havia cuidado. Um dia vieram os da EDP: fizeram buracos onde espetaram postes, assentaram candeeiros onde cravaram lâmpadas [Osram Vialox 150Watt], disseram fiat lux e assim se fez, fez-se luz. No caminho, de muita luz durante as manhãs e primícias das tardes, houve então dia durante toda a noite. E porque o caminho agora era claro não havia tanto, não havia nenhum cuidado. Foi lá, num desses dias nocturnos, que fui assaltado e morto com uma ponta-e-mola daquelas de brincar [pensava eu, antes de vomitar o sangue e abraçar a terra pela penúltima vez].

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12.10.06

Greek music #six

Drugstore & Thom Yorke - El President
[Well I am just a man, I'm not giving in]

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Greek music #five

Johnny Cash - I Walk the Line
[Because you're mine I walk the line]

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A poeira do silêncio

Quase toco o silêncio, passos leves. A chuva caíu toda no dia anterior e nas ruas as crianças prendem restos de água nos braços sujos. Há uma luz dividida e homens que se aceitam na sombra. Risos francos mas silentes. Vozes adormecidas em quentes recantos, palavras ouvidas sem que ninguém as pronuncie.
Alguém bate numa criança de pouco sono.

Clássico é melhor


[Pinky, 1949]

Director: Elia Kazan
Screenplay: Philip Dunne, Dudley Nichols
Starring: Jeanne Crain, Ethel Barrymore, William Lundigan
Runtime: 102 min
Country: USA
Color: Black and White

Greek music #four

Cake - No phone

[I just want to be alone today]

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11.10.06

Greek music #three

Pixies - Alec Eiffel
[Pioneer of aerodynamics (little eiffel, little eiffel) they thought he was real smart alec (little eiffel, little eiffel) he thought big they called it a phallic (little eiffel, little eiffel) they didn't know he was panoramic]

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100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #32


[Três a zero com golos de Moutinho, Djaló e um gajo deles]

O Sporting, digo, a selecção de sub-21 assina reviralho histórico e carimba a passagem para o europeu da categoria.

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Greek music #two

Blonde Redhead - Falling Man
[I'm just a man still learning how to fall]

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La più bella

Começou a chover. A estrada continua escura demais. Quando foi o Verão?

10.10.06

EDA

Afinal não estava super-impecável. Também não estava mau de todo e como disse a doutora eu só tenho é que ter calma e ir metendo IBP's.

Greek music #one

Buzzcocks - Ever Fallen In Love?

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9.10.06

A sopa

Talvez um fogo clínico, ousado, destroce a luz evitada. O ardor da náusea, os acasos do demónio. Sufoco. Perspiração. A dazzling blue. Rouba-me a hora, atravessa a estrada, come o delito. A sopa arrefece.

Estéticas da morte #onze

Matei-o, pronto. Com um pau. Na cabeça, duas ou três vezes, até fazer uma papa informe. Creio, mas nem disso tenho a certeza, que o homicídio é arte tão correntia na nossa sociedade que a história de mais um não trará nada de novo ao mundo. Olha, lê o Conan Doyle. Esse sim, sabia tecer as peripécias da morte matada.

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6.10.06

Da doença

Órgãos enfraquecidos, visão turva, noites envelhecidas e despertas. Resistir sem esperança. Mas, um por um, todos desistimos finalmente.

5.10.06

A flor

Era uma flor frágil feia. Não não era daquelas flores bonitas que aparecem em fotografias e nas lapelas dos senhores bem vestidos. Não fazia sorrir quem passeava no campo. Não provocava o êxtase do artista. Não provocava sequer o cão que queria marcar território. Era uma flor simplesmente. Frágil feia flor. Não era pouco.

4.10.06

Dia de santo



Sou católico, daqueles relaxados. Não como chocolates na quaresma, pratico a caridade, às vezes dou a outra face, amo a próxima e vou comparecendo às cerimónias etnograficamente recomendáveis [Missa do Galo e de Domingo de Ramos, procissão de são Justo, funerais, baptizados e casamentos]. No resto sou pouco católico. Ou melhor, há uma outra coisa em que sou intrinsecamente católico. Tenho santo de devoção pessoal. Francisco de Assis, o homem que prova que nem tudo foi treva durante a Idade Média. Hoje é o seu dia.

Dixit

Nenhum passado pode ser conscientemente consumado e encerrado.

Uma citação quase sempre se adequa a alguma coisa que acontece

Misery loves company.

[Author unknown, at least for me...]

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2.10.06

Lutar contra moinhos

Era uma eira, de pedras antigas e tudo o resto que é de lei. Uma máquina agrícola, abandonada, um banco de madeira para ninguém se sentar. Cabelos brancos a criar aranhas gordas. Não recordo agora o chilrar - mesmo subtil, vago - de pássaro algum, o que é estranho pois era o verão do ano e no verão o que não faltam são pássaros com a mania que sabem cantar. Nem sequer o silvo de uma cigarra. Apenas um bater de peles e a escuridão. A luz. A escuridão, outra vez. Um segredo de casas velhas empilhadas e de sorrisos campos fora.