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30.9.05

Auto-comiseração

O problema maior é a reincidência, a absoluta necessidade de procurar uma e outra a vez a tua rejeição. Suponho que a vassalagem do meu corpo à desilusão configura o rumo da minha existência, é talvez esse desabrigo que obsta a terrível afirmação da despedida. O sentido, a decepção, o empenho, a recusa. O abismo inultrapassável da dúvida. Algures na minha geografia dos afectos talvez exista um pátio arcano onde a tua alma me celebra.

29.9.05

Impressões #3


[Francisco Goya, Pavo Muerto, 1808 – 1812 Oil on canvas, 63cm x 45cm, Prado Museum, Madrid]

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28.9.05

Sweet little lies

Existem milhões de maneiras de mostrar a uma mulher [ou homem] o amor que sentimos por ela. Nem todas reflectem, necessariamente, a verdade.

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20.9.05

Morto-vivo

A realidade é assustadora. Não porque seja povoada de fantasmas, esses vivem nos sonhos, mas precisamente por isso: porque não há fantasmas nem fadas nem duendes nem demónios nas ruas da cidade. Verdadeiramente, nunca durmo nem acordo, caminho sobre as ruínas de um sonho. Vivo à espera da chapada que resgate o meu não ser. Terrível é o beijo que nunca foi dado, desejo de silêncios e claustros escondidos.

19.9.05

Meio tempo

Esqueci-me que um beijo se dá quando se chega ou quando se parte. Nunca a meio tempo, um beijo agoniado pela conversa.

Prefere o espelho. Beija-te a ti próprio enquanto lhe sussurras o teu amor

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16.9.05

C'mere

It's way too late
to be this locked inside ourselves
the trouble is
that you're in love with someone else
it should be me
it should be me
[...]

Interpol, Antics

Impressões #2



[John Mallord William Turner, Snowstorm,1842; Oil on canvas, 91.5x122 cm, Tate Gallery]

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15.9.05

Impressões #1



[Jean-François Millet, Angelus, 1857-59, Oil on Canvas, 66x53 cm, Musée D'Orsay ]

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14.9.05

Mulheres #1



"There is a Word sweeter than Mother, Home, or Heaven. That Word is Liberty."
[Matilda Joslyn Gage, 1826 - 1898]

13.9.05

Antecipação

Não sei se foi o fim ou o início de algo que não posso nem quero definir. Nas areias de prata senti o meu destino. Tu.

8.9.05

Assomo

Não sou capaz de relembrar o último Inverno. Terá porventura existido? Lembro aquela manhã desbotada pela neve no pátio da escola, em que corri com luvas de lã e faces enrubescidas atrás de um beijo alvacento e frio. Nunca tinha visto nevar, agora sei que é por sermos os últimos na Europa na maioria das coisas boas – até nos nevões.

7.9.05

100 anos de paixão: só eu sei porque não fico em casa #4



Derby eterno

6.9.05

A propósito de festejados regressos

“Light will be thrown on the origin of man and his history”

[Charles Darwin, 1859, On the Origin of the Species by Means of Natural Selection or
The Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life
]
p.s. Inconcebível país em que o livro mais importante depois dos textos sagrados não tem, simplesmente, uma única tradução vertida para português de Portugal. Faltam quatro anos para o bicentenário do nascimento do naturalista inglês.


pps. Afinal existe pelo menos esta tradução.

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4.9.05

Medo

Tive medo mas não fui cobarde. Quem não tem medo são os loucos. Esses correm, cegos, para o nada. Não chalaceiam enquanto esperam, não olham furtivos a sacra estampa, não sentem o calor evolando a treva. Os cobardes têm medo, também, mas ficam prostrados num desvão encapotado da noite. Inventam desculpas, físicas, anímicas, morais. Um cobarde arranja sempre justificações para se deixar ficar quietinho.

Os valentes são aqueles que carregam o medo enquanto subjugam as escadas na escuridão.

Tive medo, sim. Cerrei os olhos e corri para o nada, com o medo nos braços. Os degraus do cemitério não tiveram tempo de sentir a profanação. Atravessei o abismo de mármore antes que o sino desse as doze por finalizadas. Por quem os sinos dobram? Não dobram por mim, afogueado para lá dos muros que resguardam a morte. Tive medo e disse-o. Fraco, clamaram os rapazes, alienados e pusilânimes, em coro inusitado. E gargalharam obscenidades junto às campas dos antepassados. Cascalhei com eles: um bravo no meio dos insensatos e dos caguinchas.

3.9.05

Vocês sabem de quem é que eu estou a falar

O Prémio do Centro de Estudos Sociais (CES) da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra distinguiu, este ano, o trabalho "A cegueira e as narrativas silenciadas.Para além da tragédia, para lá do infortúnio", de Bruno Sena Martins, de 27 anos.

"A experiência da cegueira e da deficiência é vista como uma tragédia pessoal pela sociedade, mas os próprios cegos e deficientes valorizam mais as transformações sociais que permitissem a sua realização e integração", concluiu o investigador na obra premiada, a sua dissertação de mestrado em Sociologia defendida, em Junho de 2004, na Faculdade de Economia de Coimbra.

O livro é baseado em trabalho de campo do autor, faz voluntariado junto de organizações de pessoas com deficiências desde 2000, e dá a conhecer "as vidas e as vozes das pessoas cegas".

"Tal como outras deficiências físicas, a cegueira remete o nosso imaginário social para uma `narrativa de tragédia pessoal'. Se por um lado são incontornáveis as marcantes histórias de sofrimento e privação ligadas à experiência de quem não vê, o que de mais intrigante nos fica é, sem dúvida, o modo como a vontade de viver e a luta pela realização pessoal das pessoas cegas se debate com uma sistemática negação de oportunidades", refere o investigador.

A tese será publicada em Janeiro pela Afrontamento, com o título "E se eu fosse cego: Narrativas silenciadas da deficiência".

O autor, que se tem dedicado aos temas do corpo, da deficiência e do sofrimento, recebe um prémio no valor de 10.000,00 euros, patrocinado pelo Montepio Geral.

Licenciado em Antropologia, Bruno Sena Martins fez o mestrado em Sociologia e prepara o doutoramento também nesta área, orientado pelo director do CES, Boaventura de Sousa Santos.

O júri, constituído por Hermínio Martins, Isabel Allegro de Magalhães, José Vicente Tavares dos Santos, Manuel Villaverde Cabral, Teresa Cruz e Silva e Boaventura de Sousa Santos, deliberou também atribuir três menções honrosas.

O Prémio CES é atribuído de dois em dois anos e foi instituído pelo Centro de Estudos Sociais "com o intuito de conferir o devido realce à produção científica de jovens investigadores de língua portuguesa no âmbito das ciências sociais" - lê-se na nota da instituição que anuncia o distinguido com a edição deste ano.

[Retirado do Portal do Cidadão com Deficiência]
Ah! Este gajo é meu amigo... só para que se saiba.

2.9.05

Lugar do morto


[Gustave Courbet, Enterro em Ornans, Musee d'Orsay, Paris]