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27.12.03

...

All movement ceases, the sky clears, the heavens are as brass; the slightest whisper seems sacrilege, and man becomes timid, afrighted at the sound of his own voice. Sole speck of life journeying across the ghostly wastes of a dead world, he trembles at his audacity, realizes that his is a maggot's life, nothing more. [...] it is then, if ever, man walks alone with God.

Assim esmaeceu mais um dia. As trombetas acabam de anunciar uma alba de esperança e os caminhos junto ao rio e ao jardim revestem-se de namorados que unem as mãos frias na manhã irremediavelmente perdida. Nos jornais fala-se de 20.000 mortos no Irão. Esperança? A certeza da finitude.

26.12.03

Lost Dogs




Vai-se aligeirando a ressaca de um dia de Natal pouco dado a beatices, mas solidário com amigos poucas vezes vistos nas últimas passagens de lua. Das prendas relevo os muitos pares de meias que, por isso mesmo, fazem daquelas muitas.

Das outras prendas que me tocaram (Obrigado Menino!) gostei especialmente do albúm de "canções perdidas" dos Pearl Jam, justamente cristianizado com o nome de "Lost Dogs". A ideia que retenho das muitas audições já realizadas prende-se com a certeza que estes dois discos de canções previamente rejeitadas são melhores que 99% das coisas que se fazem actualmente no mundo do rock e da pop (não esqueçamos: 30 músicas que foram postas no lixo). Desde 91 que os sigo devotamente, e talvez por isso a minha opinião seja, no mínimo, suspeitosa, mas a verdade é que Ed Vedder e companhia, para além de únicos sobreviventes (literalmente... Kurt Cobain e Layne Staley kaput) da cena de Seattle, são possivelmente os legatários da omnipotência musical duns U2 ou Rolling Stones. Com a vantagem que as canções são muito melhores.

23.12.03

Christmas in the countryside

A noite, a noite, aproxima-se e preparo-me para cantar e ouvir cantar, em ambiente etnograficamente irrepreensível, o tradicional "Alegrem-se os céus e a terra". Por isso, amig@s, alegremo-nos!

Feliz Natal para tod@s!
No mundo de Mexia, do qual, muitas vezes, me aproximo por convénio mental, a época é dada a reflexões. Reflexões opimas e fecundas, diga-se. Quem teve a fortuna de ler isto e isto só pode estar muito satisfeito com os avanços da discussão e partilha de opiniões na blogoesfera.

...

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Gostaria de exprimir aqui uma palavra de apreço para com o "ninja" Derlei. Aquele que é, para mim, um dos melhores jogadores da nossa paupérrima Superliga, não merecia o que lhe aconteceu ontem em Alverca.

+ 10 €

Hoje é o dia em que o Governo se reúne para presentear os portugueses (aqueles que, por acaso, mais precisam) com mais uma dádiva dos deuses: 10 € a juntar ao salário mínimo (principesco, diria eu!) nacional. 10 € para engordar as carteiras onustas, fecundas, transbordantes... de papéis de multibanco antigos, de fotografias amarelecidas, de cartões da Makro e da Biblioteca Itinerante Gulbenkian, de horários do autocarro, e outras tantas inutilidades. Ah! E de uma notinha nova de 10.

Miséria!

22.12.03

Presépio, Gregório Lopes, c.1490-1550



c. 1527, óleo sobre madeira
128 x 87 cm
Museu Nacional de Arte Antiga
Lisboa, Portugal

Walking to...

Nature has many tricks wherewith she convinces man of his finity.
Jack London, The White Silence

21.12.03

O menino e o barbudo

Quando me dizem que o Pai-Natal existe, respondo, incrédulo, que não. Não existe. Não é que um incrédulo não possa acreditar em nada. Simplesmente não acredita em tudo. E quem confia, como eu, que as prendas que aparecem no sapatinho são oblatadas pelo Deus-menino, vulgo Menino-Jesus, não pode acreditar num barbudo anafado, trajado de encarnado, a distribuir democraticamente presentes por aqui e por ali. É que para além de ser etnograficamente recomendável acreditar no Menino-Deus, o gordo barbado não partilha com o pequenino a essência de perfeição, onde naturalmente se inclui a existência.
Como diria Santo Anselmo, “Deus tem que existir porque posso pensá-lo como ser que tem todas as perfeições, incluindo a existência.”

19.12.03

Post pós-amarelas

Se eu recordasse estas manhãs apáticas, expectantes pelo dia seguinte, talvez não voltasse a estes recontros selénicos, conciliadores das topografias da saudade com a vigília até tardias horas.

E, no entanto, o que recordo sempre é o momento em que me aproximo e o que vejo são sorrisos, e braços, a abrirem-se, a acolher-me no seu âmago. E só por isso vale a pena voltar.

17.12.03

Os mortos-vivos, deuses e bombas

O Nuno Ferreira, do Aba de Heisenberg, discorre proficuamente sobre as “bombas realmente inteligentes”, mortos-vivos que incorporam o poder dos deuses em seus corpos cobertos de explosivos e, com uma eficácia inusual noutro tipo de armas, “conseguem levar o explosivo precisamente até ao ponto de impacto desejado, de uma forma invisível, imprevisível até aos últimos segundos”.

Para explicar o apego dos indivíduos às comunidades imaginadas, de que nos fala Ruth Benedict, sejam elas a pátria, a religião, o clube de futebol ou a etnia, temos que revivescer a questão: porque é que as pessoas estão dispostas a morrer por elas? Neste caso específico, perguntamo-nos porque é que as pessoas estão dispostas a fazer-se explodir em nome de Deus, de Allah.

Inolvidável é o facto que as comunidades imaginadas inspiram amor e, não poucas vezes, amor auto-sacrificial. Como o ideário adstrito à concepção das comunidades imaginadas está eivado de elementos que “naturalizam” a ligação indivíduo-grupo, esta é experienciada como algo intrínseco e não escolhido. Porque esses vínculos não são sentidos como escolha, revestem-se, em larga medida, de um halo de amor desinteressado. Desse modo, a ideia de sacrifício último aparece enquanto ideia de pureza através da fatalidade. Morrer pela fé deriva a sua grandeza do facto de ser um acto sentido como fundamentalmente puro e que é um veículo de salvação e recompensa no paraíso. Se a vida e o corpo são exaltados como valores supremos, a morte é aceite naturalmente como meio de obter o sagrado.

Efeméride alada

Em 17 de Dezembro de 2003, os irmãos Wright ampliavam os horizontes da imaginação humana ao libertarem-se pela primeira vez [presumivelmente] do fado da gravidade com a ajuda de um planador a motor mais pesado que o ar. Orville e Wilbur testaram com êxito o seu planador, Wright Flyer, nos Montes Kill Devil na Carolina do Norte.
Felizmente para os anti-americanos primários existe o pequeno brasileiro Alberto Santos-Dumont. Porquê felizmente? Porque para muitos este mineiro de apenas 1,50m é que é o verdadeiro pai da aviação. Três anos depois do suposto feito alado dos Wright Bros., Santos-Dumont, a bordo do seu 14-Bis, sobrevoou o Campo de Bagatelle em Paris perante os olhares varados de 300.000 franceses.
A propaganda americana releva o feito dos Wright, os brasileiros realçam o feito de Santos-Dumont. Eu prefiro elogiar as quimeras tornadas realidade de uns e outros.

A superstição dá azar (Raymond Smullyan)

Um homem bate com a cabeça dezenas de vezes e nunca aprende a resguardá-la. Mais uma vez [esta é, de facto, a segunda ocasião em que isto acontece] o motor do Daedalus gripou por falta de sorte, ou imperícia, do maquinista. Uma visita de urgência ao mecânico de serviço [gracias amigo] atenuou os transtornos deste acontecimento aziago. A tod@s, as minhas desculpas.

15.12.03

Estalou a bernarda!

Uma das vantagens das opiniões cibernéticas é a impossibilidade de uma convicção mais inflamada se transmutar numa troca de socos, chapadas e pontapés. E, graças à captura do Saddam [style a la Barbas do Benfica], chapada não faltaria por terras blogosféricas se alguns bloggers, paladinos de pinturas diferentes, se encontrassem frente a frente, mano a mano, num qualquer ringue ou beco deste quadrado de brandos costumes.

Once upon a time in Utopia

Continua, Maria Barroso, na primeira linha das cenas cívica e política portuguesas. Tal se pode conferir na entrevista que transigiu à Visão, onde analisa de forma lúcida e pragmática alguns dos temas cálidos da actualidade lusa.

Destaco uma asserção que faz a propósito dos portugueses comentarem, cada vez mais, que “estamos a precisar de um pulso forte”. À alusão do jornalista [Fernando Dacosta] que isso é meio caminho andado para a ditadura, a ex-primeira dama responde de forma telegráfica: “Que eles aceitarão com facilidade”. A ditadura.

Desditosamente partilho da mesma opinião que a insigne combatente anti-fascista: ao mesmo tempo que presencio, estupefacto, o ressurgimento de sentimentos totalitários, racistas e etnocêntricos (vide o caso dos ciganos impossibilitados de estudar numa escola de Bragança) nos portugueses, mas, sobretudo, em alguns membros do governo da nação [Olá senhor ministro da Defesa!, vamos queimar a Constituição Comunista?], verifico que tudo isso não passa de um mero reflexo do desespero, do vazio criado pelo insucesso, pela impotência em lidar com problema como o desemprego, a pedofilia, a corrupção e o favorecimento dos poderosos.

A evanescente utopia da Revolução dos Cravos pretende-se substituída por uma ideologia neo-liberal, desumanizante e de cariz totalitário, tão ao gosto de alguns membros do Governo e designadamente do ministro cujo nome é impronunciável neste blogue. Esse mesmo, outra vez o da Defesa.

14.12.03

A ser mesmo verdade

que aquela personagem de barbas compridas que capturaram no Iraque é Saddam Hussein e não o Pai-Natal, não é lícito concluir que as atrocidades e actos terroristas que, infelizmente, têm martirizado autóctones e invasores ocidentais, acabem. Afinal, ainda não foi noticiado o arresto do Bush filhote.

13.12.03

Ao fim da tarde

na esplanada de um bar (sonho alto acordado em ti). Sou acossado pela nostalgia daquele Setembro em que tudo o que restou foi o gorgeio de um pássaro refractado em sinfonias infinitas.

Um momento em que me encontro contigo, instante periférico diferenciado por pormenores, matizes de luz, que se dispõem ao acaso na tela do destino (passadeira monótona de eventos ininterruptamente sorteados).

12.12.03

O fio de Ariadne: variações

Labirintos, é claro, não têm saída, a menos que encontremos o seu segredo, reconheçamos as suas encruzilhadas e tenhamos o fio que nos conduza pelos seus trajectos.



Planta do Palácio de Knossos

11.12.03

M. C. Escher


Drawing Hands, 1948 Litograph

" At moments of great enthusiasm it seems to me that no one in the world has ever made something this beautiful and important"
M.C. Escher



Egos empatados




-Eu é que merecia ganhar!!!
-Não, eu é que merecia ganhar!!
-Eu sou o melhor!!
-Querias... Eu é que sou o melhor!

Marginalia

Errando por trilhos desconhecidos, visito estranhos que poderão ser qualquer coisa a mais.

Aqui e aqui, duas magníficas prendas ante-natalícias.

10.12.03

Anti-semitismo

O Aviz sempre foi um dos blogues da minha predilecção, designadamente pela pertinência dos temas nele recorrentes, pela elegância literária com que são tratados e pelo carisma que Francisco José Viegas empresta às linhas que escreve. Isto vem a propósito de dois posts recentes que abordam a “questão judaica” de uma forma reveladora, esclarecedora e erudita.
No meu parco entendimento, e falo somente no microcosmo onde me movimento, considero que o anti-semitismo multissecular de boa parte dos portugueses (que atravessa longitudinalmente todas as classes sociais e áreas políticas) advém em grande medida do contencioso religioso judaico/cristão. Isto é, todos os epítetos adstritos ao “judeu” (onzeneiro, avarento, etc.) são o resultado de um reconhecimento do judeu por parte do cristão como “o deicida” (lembro-me que a minha avó me chamava “judeu” quando eu fazia os atropelos próprios das crianças). De facto, é a morte de Jesus Cristo (que, não esqueçamos, era judeu) que desencadeia todo um conjunto de práticas e discursos anti-semitas.
Como FJV refere, não existe uma “raça Judia”. Eu acrescento que, em termos puramente biológicos, não existem “raças” humanas. O que não quer dizer que não exista racismo, sob a forma de discursos e práticas, afectando o Outro diferente: Negro, cigano, judeu, árabe ou amarelo. O jargão das ciências sociais é, nesse ponto, falaz, pois não descreverá da forma mais correcta o que verdadeiramente se passa no seio dos grupos humanos.

Daedalus & Icarus


Charles Paul-Landon, Dédale et Icare


A ideia, a liberdade. O destino, a fuga.

A finitude do cárcere.

9.12.03

A tecnologia de encanto

Algumas inquirições sociológicas revelam-nos que os seguidores inveterados dos jogos de vídeo (PC e consolas) não são miúdos de 10, 15 ou 18 anos, mas homens que, em média, possuem a respeitável idade de 29 anos. Homens [bem] empregados, com formação académica, muitas vezes com família constituída, passam horas que trazem horas em missões na Áustria durante a 2ª Guerra Mundial, em jogos das meias-finais do Mundial de futebol ou a construir e gerir aldeias numa imaginada Idade das Trevas.
Alfred Gell fala-nos do encantamento que a tecnologia produz no público, encantamento que dimana da dificuldade que temos em conceber um objecto tecnológico ou artístico como fazendo parte do mundo palpável e que só nos é acessível por um processo técnico que, transcendendo a nossa compreensão, nos força a ideá-lo como mágico. Gell sugere que a atitude de um espectador perante uma obra de arte é fundamentalmente condicionada pela noção que ele tem dos processos técnicos que deram forma a essa obra, e o facto dessa obra ter sido criada pela agência de uma outra pessoa, o artista.
Neste sentido o significado de um mero jogo de computador exala de uma relação entre a consciência que o jogador tem dos seus próprios poderes como agente (o poder de abater Nazis ou marcar golos ao Real Madrid com a equipa da Académica) e a ideia que ele forma acerca de uma história idealizada por um grupo de criativos, ou artistas. Até certo ponto o antropólogo tem a razão do seu lado e, quanto a mim, a sua asserção é inteiramente legítima pois o jogo, que se crê solitário, é inerentemente social, criando uma física mediadora entre o jogador e os autores do jogo. No entanto, parece-me que esta lógica funciona somente em mulheres e homens com mais de 22-24 anos, indivíduos que não foram bombardeados desde o nascimento com um encanto que, pela sua prolixidade, se transformou numa sensaboria.

Etiquetas:

Homo sapiens idaltu

Mais uma vez a ciência (a epistemologia paleoantropológica) reforça o que a lógica dita e os maus rejeitam: os humanos provêm todos de África.

A very special thanks to

Cupid and Centaur in the Museum of Love (Joel Peter-Witkin)




O Híbrido em nós

8.12.03

Out of Africa again and again

There were at least three major waves of early human migration out of Africa, our DNA suggests. Apparently the wanderers made love, not war: gene patterns hint that later emigrants bred with residents.
in Nature

Pois é, somos todos africanos. Venham falar-me da pureza das raças que eu não respondo por mim.

Redundâncias de época

Onde é que vais passar a Passagem de Ano?

6.12.03

O Pedro

está ausente desde o primeiro dia do mês, no entanto regresso sempre ao Dicionário. Porque será?

A todos os fumadores: Cuidado!

Parece que os filtros que as tabaqueiras põem nos cigarros não é para prevenir o cancro dos pulmões mas sim para aumentar o preço do tabaco!

5.12.03

Aforismos I

Uma mulher com curvas raramente leva uma vida recta.

Este não é o meu país

Portugal está mal: há o défice, há o défice e há o défice. Todos os dias nos repetem. Todos os dias o sabemos. Todos os dias o sentimos. E, para além do antedito, há o desemprego, a pedofilia, a prostituição, a guerra civil nas rodovias, a GNR no Iraque [páro aqui, que já todos entenderam onde quero chegar]. [Ou talvez não].

Em Bragança, numa coelheira qualquer do distrito de Bragança, um grupo caudaloso de pais decidiu que os [seus] meninos não irão mais à escola se a Direcção Regional de Educação do Norte insistir em integrar no dito estabelecimento de ensino uma turma de 20 alunos de etnia cigana. Que são todos rapazes, que são mais velhos e as filhas podem aparecer violadas, que são conhecidos por serem uns vagabundos. Ninguém disse [insignes patos-mudos] que a decisão foi tomada por os alunos a integrar serem gitanos. Ninguém disse. Mas todos o sabem. E todos anuem.

Murmúrios

Como se pode dizer tanto num minuto de silêncio.

3.12.03

Ainda a monogamia

Ao escrever isto revivesci uma conversa breve do fim-de-semana transcorrido em que se abordou o destino de alguns ex-colegas da safra de 96-01 da licenciatura de Antropologia. Uma das pessoas referidas foi o Marco Ivo e a sua incontornável proposta para a tese de licenciatura: o estudo da monogamia nos gibões. Estes são primatas muito interessantes porque, ao contrário dos grandes símios antropomorfos, como o gorila ou o chimpanzé, são invariavelmente monogâmicos, exibindo um elevado grau de igualitarismo comportamental entre machos e fêmeas adultos.

O que permanecerá sempre na nossa memória é a ideia mítica e peregrina de estudar a monogamia num Parque Zoológico (o da Maia) onde só existiam dois gibões adultos, un macho y una hembra. Desafortunados animais, por muito que quisessem laurear a pevide tinham que se virar sempre para o mesmo lado. E, sin duda, teríamos mais uma vez a confirmação científica da monogamia entre os pequenos símios asiáticos.

2.12.03

Desculpa

amigo, então e a Rainha Santa?



Francisco Goya, Santa Isabel de Portugal assistindo uma doente
1798/1800, óleo sobre tela, 33 x 23 cm
Museu Lázaro Galdiano, Madrid, Espanha

Swinging

Até ler o artigo “Sexo: Talvez… Trocar” na última edição da Visão julgava que o swing era apenas um género musical. Pelos vistos, é muito mais que isso. Basicamente, o swing descrito na revista consiste na permuta sexual de cônjuges, isto é, na troca de casais. O que me espanta no artigo não é propriamente o conceito inerente ao swing enquanto sexualidade alternativa. Isso já eu o sabia. Isso eu respeito. O que me espanta é a incorrecção recidiva no uso de conceitos numa revista que se auto-proclama “de referência”. Desse modo, e depois da jornalista (Clara Alves) desfiar uma pletora de episódios de trocas sexuais entre casais, deparo-me com a enigmática frase “Por incrível que pareça a monogamia permanece intacta nos praticantes de swing [boquiaberto]. Pelo que sei, e confesso que será talvez pouco, uma classificação simplificada dos sistemas reprodutivos divide-os em monogamia e poligamia, consoante o acasalamento se processa com um só parceiro ou se um indivíduo de um sexo acasala com mais que um membro do outro sexo. Os échangistes mencionados têm novos parceiros sexuais todo o renovado fim-de-semana, mas, e aqui tem que haver mãozinha do herói do estádio do Dragão (Luís de Matos), continuam monogâmicos. É obra. Mas quando se fala de tudo sem se saber de nada…

p.s. Alguns argumentos utilizados na posta d’arriba podem voltear-se contra o dono deste blogue. A única coisa que posso dizer em sua defesa é que aqui ninguém se arroga como sendo “de referência”.